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sexta-feira, 28 de outubro de 2011


O surgimento do “Biscuit” provavelmente tem muitos países de origem mas, com certeza,    podemos dizer que a Itália é um deles. Trabalhos com
“pasta di sale”, uma mistura de farinha, água e sal são uma tradição naquela parte do continente europeu. São trabalhos delicados que retratam os mais diversos motivos do dia-a-dia e têm por finalidade enfeitar a mesa.
Em outros países também existem trabalhos nesta linha. Nos Estados Unidos, por exemplo, os bonecos de “salt dough” (Massa de Sal) são muito famosos, além de serem uma tradição muito antiga. Apesar de sua beleza, guardam em si a fragilidade dos elementos de que são compostos, ou seja, o artesão encontra-se limitado à baixa resistência e durabilidade das peças.
O Biscuit nasceu inspirado justamente nesses trabalhos, onde havia a necessidade de se procurar resistência e durabilidade ideais para as peças.
Misturando-se a massa a outros elementos (cola, por exemplo), obteve-se uma consistência duradoura, suficientemente para que a peça pudesse receber pintura e acabamentos que realcem brilhos e outros atributos naturais.
Surgia, então, o Biscuit, conhecido na Europa e América Latina como “Porcelana Fria”.
O termo “Porcelana Fria”, em muitas ocasiões, confunde pessoas que não conhecem a técnica. Muitos acham que se trata de um trabalho em porcelana tradicional. Realmente, algumas peças chegam assumir tal aspecto.
Na verdade, a busca pela resistência e durabilidade acabou encontrando uma denominação que tinha mais a ver com o efeito final do trabalho (parecido com porcelana). O termo “fria” é justamente para diferenciar-se dos trabalhos em porcelana tradicional, os quais necessitam de forno para a sua confecção.
Apesar da inspiração européia, a arte da Porcelana Fria ganhou adeptos e grande desenvolvimento apenas na América Latina.
Em relação aos países europeus, somente na Inglaterra temos notícias de grupos de artistas que se dedicam a esta técnica, sendo tradicional o acontecimento de encontros anuais para debates, exposições e premiações.
Já nas Américas, a Porcelana Fria chegou primeiramente na Argentina, onde encontra-se um grande número de seguidores e artistas que se dedicam a ela nos seus mais diversos aspectos. Em seguida expandiu-se para o Chile, Peru e Bolívia.
Na década de 80, finalmente a Porcelana Fria chegava ao Brasil através dos trabalhos de Anna Modugno. A artista pesquisava, há algum tempo, diversos tipos de massas alternativas para trabalhos artesanais. Foi justamente nesta época que a técnica passou a ser conhecida como “Biscuit” (porcelana branca), termo do idioma francês que tem muito a ver com a delicadeza e refinamento das peças, características da porcelana branca.
Anna Modugno não só trouxe a técnica do Biscuit para o Brasil como, também, propiciou uma nova abordagem ao tema. Desenvolveu amplo trabalho de aprimoramento e refinamento da técnica artesanal, criou uma linha de produtos e ferramentas específicas, além de publicar diversos livros e revistas com seus trabalhos. Resumindo: Anna Modugno é referência a nível nacional quando o tema é o Biscuit.
Um outro ponto de destaque do Biscuit é considerá-lo como uma atividade de negócio. Atualmente temos em nosso país milhares de pessoas que se dedicam e se empenham profissionalmente neste segmento. Com isto, criaram um mercado lucrativo e de muito bom gosto e, principalmente, alegrando e colorindo os lares de muitas famílias.

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